A Polícia Civil do Recife fez a prisão de quatro suspeitos de sequestrar uma professora aposentada, em uma operação realizada na quarta-feira (13). Os criminosos teriam exigido 5 bitcoins, que na época valiam cerca de R$ 3,3 milhões, como resgate pela libertação da vítima.
Esse sequestro ocorreu em março, e a investigação levou meses para ser concluída. Durante a coletiva de imprensa, o delegado Jorge Pinto explicou que o sequestro foi cuidadosamente planejado. Os criminosos monitoraram as redes sociais do filho da professora, que trabalha com criptomoedas em Portugal, escolhendo-a como alvo por acreditarem que ela tinha acesso a grandes somas de dinheiro.
Escolha do alvo baseada em redes sociais
A escolha da professora não foi ao acaso. Segundo informações da polícia, os criminosos observaram a rotina dela e o trabalho do filho nas redes sociais, achando que isso indicava uma vida confortável. O delegado destacou que essa vigilância os deixou cientes dos lugares que ela costumava frequentar, facilitando a abordagem no Fórum onde ela estava.
É importante notar que, embora investidores estejam cada vez mais atentos à segurança digital — como o uso de carteiras de hardware para proteger seus ativos —, ataques físicos ainda constituem uma vulnerabilidade significativa. O termo “ataque da chave-inglesa” se refere a como é fácil para os bandidos desestabilizar sistemas de segurança digital com ameaças físicas, utilizando ferramentas simples.
Essa segurança precária ressalta a necessidade de manter um perfil discreto nas redes sociais. Quanto menos visibilidade você tiver, menores são as chances de se tornar um alvo.
O sequestro e a liberação
O sequestro da professora aconteceu em 21 de março, no bairro de Imbiribeira. Ela foi seguida até um Juizado Especial e, assim que saiu, foi abordada pelos bandidos, que a levaram para um cativeiro em Olinda, onde permaneceu por mais de 12 horas. Foi somente após seu filho transferir os 5 bitcoins que a professora foi libertada.
Após meses de investigação, a Polícia prendeu os quatro envolvidos na última quarta-feira, sendo duas mulheres e dois homens. As prisões ocorreram em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, mas a identidade das vítimas e dos suspeitos não foi revelada.
Um ano perigoso para investidores
2025 já se mostra como um ano especialmente violento para os investidores de criptomoedas. De acordo com dados coletados, houve 42 casos de ataques físicos nos primeiros oito meses do ano, superando os registros de anos anteriores. Isso demonstra um aumento preocupante na criminalidade envolvendo esse tipo de investimento, o que gera ansiedade entre os investidores.
A situação é alarmante: os países líderes em casos de ataques desse tipo incluem EUA, Inglaterra e França, enquanto o Brasil ocupa o sexto lugar na lista de nações mais afetadas. Com o crescimento contínuo do mercado de criptomoedas, é essencial que investidores e familiares fiquem atentos às questões de segurança.
